4-11-2006
Às vezes procuro Deus, olho para o céu, para o mar, para as pedras que piso no meu caminho, para a luz que desponta do sol, para as flores que crescem por aí, procuro na a melancolia da lua no brilho incandescente das estrelas, tudo é tão bonito deve ter sido Deus quem criou tudo isto, mas a procura é em vão não o encontro.
Sinto tão forte a sua presença que me assusta tê-lo tão perto e não o encontrar. Levanto a cabeça e sigo viagem sei que ele está por aí, olho para os rostos dos que passam na minha vida e aí sim, numa réstia de um OLHAR consigo ver Deus em ti.
Às minhas crianças, ao meu irmão e a todos os que sofrem, foram tocados por Deus.
À PROCURA DA CRIANÇA ( R. e G.)
Olho nos teus olhos em busca da criança, tu fixas os meus em busca de respostas, sou incapaz de te encontrar, mas de seguida num grito estridente despertas a minha viagem e deixas-me parar numa estação desconhecida, onde o horizonte não tem paisagem, nem miragem sequer.
Às cegas levo as mãos abertas frente ao rosto, a tua mão esgueira-se silenciosamente em busca da minha, numa batida ritmada dá-me consentimento para ver o que me cerca, a criança aproxima-se sorri e parte novamente deixando-me só naquela paragem sem paisagem, sem miragem, apenas no silêncio dos que dizem em segredo “não vás eu estou aqui”.
Fico, espero pacientemente um novo encontro, um novo sorriso, um breve toque e fico o tempo que for preciso.
MariaCunha
Diferença
Queria fazer um poema
Que fosse a voz sentida
Do que me diz o teu olhar.
Queria gritar num verso
A aceitação desmedida
Sem mágoa, no teu pensar.
Queria soltar do meu peito
O sangue desta ferida
Que não pára de sangrar.
Queria dizer bem alto
Que diferença só é tida
Por não sabermos amar.
Mas tu criança
Acalmas todo este furor,
Porque de ti a diferença
É teres muito mais amor.
2000Maria Cunha
Saturday, November 04, 2006
À PROCURA DE DEUS
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