Sunday, July 22, 2007

NA ROTA DOS DINOSSAUROS

PASSEIO EM TAMANCOS

O grupo de Educadoras do concelho de Sesimbra encontrou-se mais uma vez, para um dia de interacção, antes do final do ano lectivo. Uma caminhada num dos pequenos percursos nas pegadas dos dinossauros, Cabo Espichel.
Chegamos ao local de encontro à hora marcada, todas bem equipadas, bem todas!..., há sempre quem se atrase uns minutos, imagine-se, três das nossas colegas apareceram bem mais tarde, mais ou menos bem vestidas, fato de marginal, uma, trazia uns chinelos de pau, elegantes, daqueles do tipo passo a passo devagarinho para não tropeçar, malas ao ombro, enfim!...
Estávamos bem atrasadas e o nosso guia preocupado para não apanharmos calor, decidimos avançar, fiquei eu à espera das atrasadas com a difícil tarefa de as convencer a andar, custasse o que custasse, logo a mim é que me cabe estas tarefas!...faço sempre o possível e o impossível por as cumprir.
Mesmo vestidas e calçadas daquela forma, teria de ter sucesso na minha missão, assim cumpri o meu objectivo, fazendo-lhes uma antevisão do percurso!..facílimo e disse-lhes:
- Já ali, só para vermos as pegadas (quase as convenci de que veríamos os dinossauros).
Precisávamos andar depressa, para conseguirmos apreciar tudo e não apanhar muito calor, ver as plantas, o caminho e se tivéssemos tempo, iríamos a um lugar especial “o buraco colorido”.
O passeio ficou animado, costumo dizer, as coisas só são imemoráveis quando algo acontece e nos fazem lembrar delas para sempre, assim foi, as três meninas pareciam que iam no passeio dos alegres. A conversa das restantes era o trabalho, enfim o nosso guia, só não torrou a paciência porque já devia estar habituado.
A colega do tacãozinho de madeira, já não podia andar, pudera o piso acidentado e térreo não era propício aos sapatos da colega. Um chapéu já eu lhe tinha dado, só faltava mesmo arranjar os sapatos e o meu 35 iria piorar a caminhada caso os emprestasse. Já alguns metros à frente, uma das colegas, boa samaritana, perita em andar descalça, resolveu emprestar os seus ténis, eheheh!... serviram que nem luvas, outra colega, boa escoteira resolveu tirar as suas meias e emprestar á colega que iria descalça, assim com dois pares de meias seria mais fácil andar.

Tudo se compôs, após retomarmos a caminhada, o nosso guia resolveu presentear-nos com uma visão irreal. Descemos uma zona mais acidentada em que só cinco de nós participaram, claro, as meninas do passeio da avenida tomaram conta das malas, quem desceu foi rastejando, arrastando, saltando, com ou sem ajuda do nosso honorável guia.
Acabada a descida, deparamo-nos com um espectáculo digno de olhos divinos. À nossa frente, uma plataforma empedrada seguia numa descida obliqua em direcção ao mar, do nosso lado direito, uma gruta aberta que mais parecia uma cabana de presépio, as riscas coloridas acentuavam a decoração da gruta. O mar batia na rocha, espumando ondas brancas, sem fúria mas não consentindo aproximação. Quando o telheiro da gruta terminava, a plataforma rochosa descia ainda até uma piscina natural. Isso permitiu-nos um banho e uma descarga rápida que nos aliviou do stress da descida. Depois de umas fotos animadas voltamos a subir a encosta, tínhamos a sensação de que descemos mais ou menos bem mas subir não tínhamos tanta certeza, foi fácil, e num ápice, que nem cabras do monte, estávamos de novo cá em cima, as que tomaram banho mais frescas que as outras, claro!

Dali às pegadas dos dinossauros foi um instante, quem nunca se aproximou o suficiente para as observar de perto, acabou por não entender muito bem que buracos eram aqueles que dizem ser de dinossauros. Até os tão falados orégãos encomendados, por uma colega, não esquecemos de apanhar no caminho de regresso.
Chegadas ao carro, a devolução do chapéu e dos sapatos (e eu com uns ténis a mais dentro do carro, tivessem elas chegado a horas ao local de encontro todas teriam ido bem calçadas, eehehehh!...), lá fomos nós caminho do restaurante. AH!...esqueci de dizer que umas colegas que não foram à caminhada, apareceram elegantemente vestidas, as da caminhada levaram com elas o roupeiro. Não sei muito bem como deparei-me com um bonito espectáculo, de repente estavam todas muito bem vestidas, e eu continuava com o meu biquini molhado e roupa de escorregar precipícios. LINDO!... Mas hei-de lá voltar!....